A inclusão de registros de inadimplência de pessoas físicas no varejo caiu 7,5% de janeiro para fevereiro em Mato Grosso. Dados do banco Crediconsult em parceria com a Boa Vista Serviços (BVS) no estado mostram todavia, que o valor médio das dívidas de pessoas físicas aumentou em 19%, passando de R$268,78 em janeiro, para R$319,78 em fevereiro.
Comparando o mês de fevereiro de 2013 com 2014 houve uma redução de apenas 0,6% nos registros de inadimplência de pessoa física no estado. Em relação à pessoa jurídica houve um aumento de 8% em relação ao ano anterior.
No entanto, são os dados da capital que surpreendem. Comparando com o mesmo período no ano anterior, em fevereiro de 2014 houve uma retração de 70,7% nos registros de inadimplência de pessoa física, e 52% de pessoa jurídica em Cuiabá.
O diretor da Federação das Associações Comerciais e Empresarias do Estado de Mato Grosso (FACMAT), Manuel Gomes, atribui o resultado às ações de orientação de uso do crédito, gestão do orçamento familiar e utilização do décimo terceiro para quitação de débitos. “Este é um período em que o consumidor busca se tornar adimplente em função dos novos gastos em vista, como IPVA, matricula e material escolar entre outros, tornando o acesso ao crédito necessário”, explica.
Outro dado importante é sobre o pagamento de dívidas no estado. Em comparação à janeiro deste ano, houve um aumento de 14,54% de consumidores que se tornaram adimplentes em fevereiro no estado. Este percentual sobe para 244,62% limitando os registros a Cuiabá.
No entanto, apesar do aumento expressivo no pagamento de dívidas na capital, o valor total pago em janeiro é superior ao de fevereiro, alcançando R$86.387,95, enquanto em fevereiro foram pagos R$71.803,23. Isso se dá em função da redução significativa do valor médio das dívidas que passou de R$713,95 em janeiro para R$172,19 em fevereiro.
Crediconsult
A FACMAT, através do Crediconsult em parceria com a Boa Vista – SCPC, busca auxiliar o consumidor a gerir seu orçamento, utilizando programas de educação financeira com foco no orçamento doméstico e organização de despesas, com o objetivo de criar o “consumidor positivo”. “Tornando o consumidor mais consciente de suas despesas criamos um sistema de ganha-ganha, em que todos se beneficiam, o comerciante, o consumidor e as operadoras de crédito, contribuindo assim para um mercado mais saudável financeiramente”, ressalta Manuel.