Começar aos 15 anos de idade, incentivado pelo gosto pelos doces. Assim o jovem empresário, hoje com 27 anos, Luiz Quinderé, do Rio de Janeiro, iniciou a produção de brownies e hoje serve de exemplo de empreendedorismo e sucesso.
“Sempre gostei de doces e um dia peguei uma receita e fui pra cozinha de casa. Nem pensei que pudesse crescer tanto e hoje, 12 anos depois tenho 60 pessoas na fábrica, 500 pontos de vendas, 2 fábricas e 4 lojas exclusivas. No ano passado fui classificado pela revista Forbes entre os 30 garotos mais promissores do mundo e há um ano tenho um programa de TV – ‘Fora da Caixa’. Participei do programa da Ana Maria Braga numa ocasião e vi, no dia seguinte ‘chover’ proposta de parceria, franquia e investimentos”, conta Luiz.
Mas para o jovem empresário tem uns segredinhos básicos para crescer e o primeiro é fazer o que gosta. “A empregada da minha casa passou a ser meu braço direito quando comecei crescer; o marido dela tem uma sabedoria popular incrível e se tornou meu braço esquerdo. Acredito nas pessoas, acredito na capacidade de inovar e empreender, acredito que o segredo ‘não’ é a alma do negócio mas sim: a ‘alma’ é o segredo dos bons negócios” explicou Luiz na palestra, no IV Fórum Nacional da CACB, em Foz do Iguaçu.
Luiz mostrou que o pequeno negócio iniciado por um garoto se transformou em uma grande empresa e que as estratégias usadas foram simples, mas com objetivos bem planejados. “Crescer foi rápido, seguro, bem planejado. O que me assustou no começo foi a repercussão que os bolinhos estavam provocando e hoje fazemos uma nova história na fábrica. Nossas embalagens de lata são reaproveitadas para o cultivo de plantinhas; nossa matéria prima é selecionada e orgânica; nossos colaboradores são ouvidos e fazem parte do processo todo; enfim, temos uma empresa diferente. Além disso nossas receitas estão disponíveis, porque não gostamos de segredos”.
O segundo palestrante foi Felipe Anguinoni, de Porto Alegre/RS. O empresário é dono da Escola Perestroika – Inovação e Criatividade. Diferente do Luiz do brownie, Felipe usa menos o planejamento e mais a ação. “Para mim, empreender é ter um problema para resolver. Então quando ele aparece, corremos atrás, afinal fazer coisas, qualquer coisa, hoje está muito fácil. Estamos na era dos ‘fazedores’ e precisamos todos os dias abandonar nossa zona de conforto e buscar o crescimento, conquistar espaços e serviços e nos tornar empresários. O medo é o maior entrave, o bom é ver os desafios como a possibilidade de usar a sorte, é ter coragem para escolher e operacionalizar”.
Felipe garante que entre ser um estrategista e um operacional, prefere o operacional. “Fazer está em voga, fazer é agir, fazer é ver resultados e mostrar coragem para empreender resolvendo problemas, correndo atrás e garantindo o sucesso”.
A comitiva da ACIR compareceu a mais este dia de Fórum e diante das experiências apresentadas, leva para Rondonópolis mais conhecimento e exemplos de sucesso com o empreendedorismo. “Esses encontros e trocas de sabedorias são importantes para as Associações de todo o país. Nós vamos levar para nossa cidade esses cases e mostrar aos nossos associados que as crises dão oportunidades e a informação é a base de bons negócios”, disse Juarez Orsolin, presidente da ACIR.