O segundo dia do Encontro das Associações Comerciais da Região Sul de Mato Grosso contou com a palestra sobre Economia Colaborativa, um novo sistema que está fazendo a economia brasileira e mundial girar por meio de pessoas conectadas, compartilhando produtos e serviços. Quem levou as informações sobre o tema foi o professor e empresário Eleri Ramer.
O modelo do conceito de economia linear foi o assunto inicial da apresentação, onde Eleri mostrou que essa ‘economia’ tinha foco no ‘ter’, isso para que fosse acelerar o processo de consumo. Mas devido a escassez de recurso, segundo o professor, esse modelo tem perdido força e se esgotado, dando espaço para um modelo mais sustentável e inteligente.
Desse modo, Eleri Ramer apresentou um novo conceito que está sendo muito adotado em toda a parte do mundo como uma alternativa socioeconômica e até ambiental. A economia circular surge com a ideologia de que nada se perca, nada não seja jogado fora. Desse conceito nasce a economia colaborativa, baseada na eficiência, confiança e reputação, deixando de lado a questão do comprar e ter. Esse novo conceito foi exemplificado com o caso de empresas como o AirBnb, que não possui nenhum imóvel, o Uber que não é proprietário de nenhum veículo e o Mercado Livre que não tem nenhum produto e nem estoque.
“Estamos vendo a reinvenção do comportamento tradicional de mercado. As pessoas estão compartilhando serviços, tendo um estilo de vida mais colaborativo que está gerando uma redistribuição de mercado. Esse é um modelo sem volta que altera todos os negócios”, alerta. Em Rondonópolis esse tipo de conceito já é realidade, a exemplo dos espaços de co-working disponíveis para locação.
Uma das principais características desse tipo de modelo é a questão de eficiência do uso dos recursos materiais que é comprovado pela reputação que os outros usuários avaliaram, o que, conforme aumenta o número de avaliações positivas, aumenta a reputação do prestador do serviço, por exemplo.
O palestrante encerrou dizendo que os empresários devem estar preparados para a mudança, acompanhar essas inovações e se adequar para não ficar para trás e se perder no mercado.