Segundo avaliação de entidades/profissionais, empresas terão um fôlego extra para superar a crise provocada pelo vírus
O Governo Federal anunciou na última sexta-feira (27) uma linha de crédito emergencial de cerca de R$ 40 bilhões destinada a ajudar pequenas e médias empresas a quitar as suas folhas de pagamentos durante a pandemia do coronavírus. Diante do atual cenário econômico, com vários dias sem produção/venda, a medida foi bem recebida pelos empresários/profissionais de Rondonópolis, que terão um fôlego extra para superar a crise provocada pelo vírus.
Com carência de 6 meses e juros subsidiados de 3,75% ao ano, o dinheiro servirá para quitar dois meses da folha de pagamento e poderá ser usada para quitar pagamentos de quem ganha até dois salários-mínimos, sendo que a partir desse valor a empresa terá que complementar o salário. Avaliando a medida, o presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Rondonópolis (ACIR) Ernando Cabral, diz considerar acertada a medida adotada pelo governo. “Sem dúvida, é uma medida acertada do governo, na medida que vem contribuir com muito para evitar fechamentos e até dar um fôlego para as empresas respirarem e até recuperarem o faturamento desses dias parados”, externou ele, informando que a ACIR vem negociando junto a cooperativas de crédito locais linhas de crédito para auxiliar as empresas nesse período.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Rondonópolis, Thiago Sperança, também se posicionou a respeito. “Com a liberação de linha de crédito com juros baixos e período de carência para os pequenos e médios destinada exclusivamente para pagamento dos salários dos funcionários, o Governo Federal vai desafogar o empresário que estava preocupado em não conseguir pagar a folha de pagamento e garante ao trabalhador dos salários, a comida na mesa e o pagamento das contas do mês. Agora é saber como será a tratativa entre os empresários e os bancos. Diante deste anúncio, cada empresário já deve começar a conversar com o gerente da sua conta para viabilizar a ajuda”, afirmou Thiago Sperança.
Da mesma forma, o contador e empresário Waldemar Akira Koike, da Estéco Escritório Contábil, diz que essa linha de crédito será fundamental para que as empresas consigam superar esse momento de crise. “Vai ajudar bastante, pois com essa parada aí nas atividades, as empresas não vão ter capital de giro para fazer o pagamento do pessoal. E como vai ser parcelado a dívida, vai aliviar bem. Os juros são muito bons, então não vai pesar muito. Vem numa boa hora e acho que é uma boa ajuda para as pequenas e médias empresas. No geral, essa parada vai criar uma crise que vai levar de um a dois anos para começar a voltar à normalidade, porque enquanto estiver pagando essa dívida, isso também vai gerar uma ‘mini-crise’. Mas, sem dúvida, isso vai ajudar a amenizar, pois seria muito pior sem essa ajuda”, afirmou.