Representantes de diversas entidades com atuação em Rondonópolis vão emitir uma carta aberta em apoio às instituições responsáveis pelas investigações das denúncias de corrupção envolvendo parlamentares e políticos, o Partido dos Trabalhadores e o Governo Federal. A decisão foi estabelecida ontem (21/3) em uma reunião com a representação de diversas entidades, realizada na sede da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Rondonópolis (ACIR). Além disso, o grupo pretende fazer outras reuniões e deliberar novas ações que possam contribuir para a retomada do crescimento do País.
O Jornal A TRIBUNA foi informado que a reunião de ontem contou com a representação da ACIR, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Movimento Resistência Democrática, Grupo de Mulheres em prol de Rondonópolis, Sindicato do Comércio Varejista, Sindicato das Indústrias do Vestuário, Associação Médica de Rondonópolis, Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Sul de Mato Grosso (Sindimec-Sul), Sindicato das Indústrias da Construção da Região Sul de Mato Grosso (Sinduscon-Sul) e o Sindicato das Indústrias da Alimentação de Rondonópolis e Região Sul (Siar-Sul), além de representantes do Rotary e Maçonaria.
O presidente da ACIR, José Luiz Gonçales Ferreira, explicou Jornal A TRIBUNA que a ideia desse movimento local é envolver o maior número possível de entidades e clubes de serviços. A carta em apoio à continuidade do trabalho de combate da corrupção no Brasil, segundo ele, será publicada ainda nesta semana e será enviada para todas as instituições envolvidas nas investigações dos principais escândalos em âmbito nacional, bem como para deputados federais e senadores. Foi repassado ainda que este é um movimento que vai somar com outros movimentos existentes no País. Inicialmente o grupo está sendo chamado de “Rondonópolis – Unidos”.
Além da carta aberta, o fechamento do comércio local por 1 hora em apoio às investigações contra a corrupção no Brasil foi outra ideia sugerida na reunião de ontem. Contudo, essa ideia ainda ficou de ser melhor discutida antes de ser confirmada e ser posta em prática ou não. “A gente não vê empresário contra a apuração dos fatos. Vê todos os empresários dizerem que a gente tem que lutar, que as coisas precisam mudar, para que a gente retome o crescimento do Brasil. Do jeito que está não pode ficar e, para isso, muita coisa precisa ser mudada no País”, avaliou o presidente da ACIR, apontando que o Governo Federal está sem credibilidade e sem condições de governabilidade.
Conforme repassado ao Jornal A TRIBUNA, o entendimento dos empresários e lideranças presentes nessa reunião é que não há perspectiva de que o Brasil possa melhorar e voltar a crescer permanecendo o atual governo. “O impeachment é uma consequência dos fatos que estão sendo revelados e, naturalmente, ele virá. Além disso, queremos que os culpados sejam punidos!”, repassou José Luiz para a reportagem, observando que, em um ciclo, todos estão sendo prejudicados com a atual realidade brasileira, com os empresários vendendo e faturando menos, os trabalhadores perdendo o emprego e a economia em queda.