O setor varejista deve sentir um retorno nas vendas entre fevereiro, março e abril, de acordo com uma projeção elaborada pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (Ibevar) e antecipada a Pequenas Empresas & Grandes Negócios. Se considerar os mesmos períodos do ano passado, o varejo ampliado (que engloba, além do varejo restrito, Veículos, Motos e Peças e Material de Construção) deve registrar crescimento de 4,73% em fevereiro, 19,88% em março e de 44,07% em abril.
Segundo a pesquisa, nichos mais impactados entre fevereiro e abril de 2020 devem apresentar números maiores de crescimento, mas não necessariamente uma recuperação. Vale lembrar que as medidas de restrição impostas pela pandemia passaram a valer a partir da segunda quinzena de março.
A maior variação, por exemplo, deve ocorrer no segmento de Tecidos, Vestuário e Calçados em abril de 2021, com 447,64%, em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, se analisado o crescimento em relação ao mês imediatamente anterior, março de 2021, o avanço deve ser de 0,48%. No acumulado de 12 meses, a queda é de 3,49%.
Hipermercados e Supermercados, que mantiveram o funcionamento normal durante os meses mais agudos da pandemia, devem experimentar uma queda de 7,52% de vendas em março de 2021, frente ao mesmo período do ano passado, segundo o Ibevar. Mesmo negativo, o resultado deve representar um crescimento de 0,86% referente ao mês imediatamente anterior.
O presidente do Ibevar explica que o resultado do varejo em 2020 foi amortizado pelo auxílio emergencial. De acordo com ele, os efeitos do benefício ainda não foram analisados.
Os resultados contemplam o varejo em geral, físico e eletrônico. O especialista acredita que as vendas virtuais devem perder força ao longo de 2021, mas se manter em um patamar acima do que era antes da pandemia. “As pessoas já se habituaram, e ainda devemos ter fatores que impulsionem, como restrições de funcionamento”, explica.