A segunda etapa do diagnóstico dos impactos do complexo intermodal da Ferronorte ao município de Rondonópolis teve início nesta quarta-feira (22). A pesquisa é realizada pela coordenação do curso de Economia da UFMT, campus local, subsidiada pela Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Rondonópolis (ACIR), com apoio da Prefeitura Municipal.
A primeira reunião para a coleta de dados do complexo contou com a participação de representantes da ACIR, do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Edson Ferreira, do professore doutor Luís Otávio Bau Macedo e do professor de Economia Renato Wasques, além do gerente de Projetos Logísticos da América Latina Logística (ALL), Luca Veronesi Deboni.
Conforme o projeto, os primeiros dados da pesquisa serão apresentados no final de agosto. No encontro, o representante da ALL repassou informações sobre a estrutura do complexo, número de empresas que já negociaram lotes, produtos que serão carregados e que vão chegar ao terminal, infraestrutura para os usuários do complexo, principalmente caminhoneiros, estimativa de empregos diretos na primeira fase e, depois de concluídas todas as instalações, além de outras informações.
A pesquisa foi uma iniciativa da ACIR, frente às modificações socioeconômicas que a ferrovia irá trazer para o município e região. A entidade também firmou uma parceria com a Fundação de Apoio e Desenvolvimento da UFMT – Uniselva para o desenvolvimento de outra pesquisa sobre a conjuntura econômica de Rondonópolis, a qual também está em andamento.
O maior do País
O terminal ferroviário de Rondonópolis será o maior terminal de commodities agrícolas do país, com investimento total de R$ 760 milhões, incluindo as quase 30 empresas que vão se instalar no local.
O terminal poderá receber dois trens para carregamento ou descarregamento ao mesmo tempo. Os principais produtos transportados, descarregados ou armazenados no local serão grãos, combustíveis, fertilizantes e produtos alimentícios. A área construída tem quase 400 hectares e está localizada no km 94 da rodovia BR 163, a 28 quilômetros do Centro de Rondonópolis.
A capacidade de embarque e desembarque do terminal será de 25 milhões de toneladas ao ano e, inicialmente, de 11 milhões toneladas/ano. Conforme o gerente de Projetos Logísticos da ALL, inicialmente serão gerados cerca de mil empregos diretos, a partir do funcionamento da ALL, Brado Logística e Noble Group. Em 2014, com o pleno funcionamento do terminal, a estimativa é de gerar três mil empregos diretos no complexo.
Compensação ambiental
Como forma de compensar a utilização da área, a ALL doou à administração municipal uma área verde de 34 hectares. Dentro do complexo, o município também conta com um lote de 4,5 hectares para a instalação de algum serviço.