A contadora e especialista em Planejamento Tributário Cristiane Farias, foi a primeira palestrante do Encontro de Associações Comerciais e Industriais da Região Sul, promovida pela Facmat em Rondonópolis.
A facilitadora disse que não estava trazendo nenhuma novidade, mas ressaltando a importância de cada um dos presidentes de Associações alertarem aos seus associados sobre os riscos de não cumprir a lei. “Essas mudanças começaram a ser implantadas há mais de sete anos, com a Nota Fiscal Eletrônica. Os outros recursos que passam a ser cobrados ainda este ano, como cadastros no sistema de todas as informações das relações trabalhistas e previdenciárias, só vão sofrer de diferença a cobrança. Porque todas essas informações são comuns nessas relações de trabalho, só não são cumpridas à risca. Isso, a partir de agora, é imprescindível, tanto que a multa por qualquer erro de informação é pesada”.
A contadora disse ainda que dos mais de 40 tipos de arquivos diferentes que existem hoje, tudo será compilado no eSocial. “Os processos não mudam, só passam a ser cobrados e vai sobreviver no mercado quem se organizar”, finalizou Cristiane Farias.
Exportação só para os grandes?
A segunda palestra da noite, trouxe o despachante aduaneiro e consultor de crédito do Sebrae MT, Vitor Galesso, que mostrou aos presidentes das Associações Comerciais e Industriais da Região que, apesar de Mato Grosso ser conhecido como o Estado dos negócios gigantes de exportação de algodão, soja, milho e carnes, os pequenos também têm lugar nesse mercado.
“Temos muitas oportunidades e muitos produtos que têm mercado garantido lá fora. O que nos falta é um pouco mais de conhecimento desse negócio de exportação, de coragem para conhecer e querer sair do ‘’conforto’ que o mercado interno proporciona, de ampliação na capacidade de produção, superar barreiras sanitárias e de logística e, por fim, capital para aquisição de bens e cobertura de custos operacionais”, explicou o palestrante.
Vitor Galesso mostrou que o Brasil e, especialmente Mato Grosso, tem um potencial enorme de colocar novos produtos no mercado internacional. “Tenho sempre como um bom exemplo as pequenas indústrias de bebidas, como cerveja e cachaça artesanais. Existe sim um mercado pronto para comprar esses produtos e o que precisamos é mostrar nossos produtos lá fora, usar as redes globais e expor os produtos para o mundo. Aí é sais do ‘conforto’ e buscar novos mercados. Temos muito espaço para conquistar”, finalizou o palestrante Vitor Galesso.
O encontro de Associações Comerciais da Região Sul, termina na manhã dessa quinta-feira, 27, no Auditório da Acir.