Durante a pandemia empresas se tornaram mais vulneráveis aos cibercriminosos
Com o isolamento social, muitas empresas tiveram que adaptar seus serviços para as plataformas digitais. Boa parte das relações pessoais do dia a dia tem sido substituídas por contatos virtuais.
A facilidade do mundo digital se tornou indispensável durante a pandemia, possibilitou a inovação, praticidade e agilidade de serviços que antes eram feitos, em sua maioria, presencialmente. A modernização chegou, e com isso é preciso que as empresas tomem conhecimento da importância em proteger seus dados e identificar possíveis golpes digitais.
Em Rondonópolis, durante a última semana, alguns empresários tiveram seus aplicativos de WhatsApp clonados e foram vítimas de estelionatários. O crime está acontecendo através de uma ligação realizada por alguém alegando ser “funcionário” da Vigilância Sanitária.
O suspeito simula uma pré-fiscalização sobre os protocolos sanitários para combate ao COVID-19 e envia esse “protocolo” via SMS. O golpe acontece quando o suspeito informa que é preciso confirmar o agendamento da fiscalização presencial através do código que será enviado via SMS.
Esse código concede o controle do número de WhatsApp e através desse acesso, o conteúdo do aplicativo fica disponível. Após a clonagem, as empresas estão sendo vítimas de chantagens e muitas vezes, o aplicativo é usado para solicitar dinheiro aos contatos.
No ano passado, Rondonópolis também passou por um golpe parecido. Novamente, através de uma ligação solicitando o endereço eletrônico “e-mail” da empresa para atualização dos dados na Lista Telefônica Oficial, muitas empresas foram fraudadas.
Através da atualização de informações, como endereço e telefone, os empresários assinaram a responsabilidade pelas informações e tudo isso seria usado na Lista Telefônica, de graça. Resultado: 12 parcelas de R$ 400,00 que deveriam ser pagas.
A assessora jurídica da Acir, Dhandara Vilela, alerta para alguns cuidados básicos. “Empresários e funcionários, ao receberem um telefonema, ou visita de fornecedores que não conhecem, entrem em contato com a ACIR, temos uma consultoria jurídica pronta para auxiliar. Podemos ajudar e orientar da melhor forma, esclarecendo todas às dúvidas e instruindo quanto a confiabilidade ou não nessa contratação ou atualização”.
Antes de assinar qualquer documento, ou revelar informações cadastrais, deve ser checado a procedência do serviço e da empresa. “Se, porventura, caiu no golpe não ceda ao "TERRORISMO", este assunto já é objeto de inúmeras ações judiciais trata-se de um crime de estelionato tipificado pelo artigo 171 do Código Penal Brasileiro. Reforçando, se cair, não pague! Não há necessidade de pagar por algo que não foi contratado. Entre em contato com a ACIR que o auxiliaremos para que esse problema seja solucionado e a primeira orientação é registrar um boletim de ocorrência que é a forma mais rápida e simples para preservação do direito, para que assim a polícia também possa tomar às devidas providências na busca de provas para a apuração dessa infração penal”, encerra a assessora jurídica da Acir.
Cuidados para não ter o WhatsApp clonado
1- Remetente do SMS com número curto
Se um SMS vem de um número tradicional (10 dígitos) e finge ser uma mensagem de uma instituição bancária ou de uma marca, é a primeira pista para identificar que não é confiável. Os códigos de 5 a 6 dígitos são estabelecidos por empresas que possuem a infraestrutura e o relacionamento com as operadoras de telefonia mais relevantes do país.
2 – Veja se a conta do WhatsApp é verificada
Mantenha conversas com empresas apenas se os perfis forem verificados. Essa é uma segurança para os consumidores e dá credibilidade para as empresas. Tal funcionalidade somente é possível para as empresas que passaram pela validação do WhatsApp, produto do Facebook. Para o usuário confirmar se a conta é verificada, ele precisa apenas clicar em mais informações sobre o número e confirmar se ele possui a informação "empresa verificada" em azul, que credibiliza a conta como sendo oficial.
3 – Identifique o remetente do SMS
Se você receber uma mensagem de texto com o nome da instituição ao invés de um número de telefone, há grandes indícios de que se trata de uma mensagem legítima. As etiquetas de identificação da marca são desenvolvidas por empresas certificadas para oferecer segurança a todos os usuários.
4 – Empresas nunca solicitam dados confidenciais
Qualquer comunicação oficial das marcas tem o objetivo de informar ou notificar alguma operação e, jamais solicitar sem motivos dados confidenciais, principalmente senha, dados bancários ou de cartão de crédito.
Por isso é importante desconfiar de quem pedir esse tipo de informação. Anúncios de produtos passaram a ser utilizados como uma porta de entrada para golpistas roubarem o acesso original do usuário. Para evitar que isso aconteça, a dica é nunca fornecer código de segurança de nenhum mecanismo de autenticação, seja de aplicativos, bancos ou e-mails.
5- A qualidade da informação é essencial
Ao receber uma mensagem ou e-mail, o primeiro passo é sempre avaliar o tipo de informação recebida. As operadoras de telefonia, por exemplo, proíbem a distribuição de mensagens de spam e exigem que as empresas cuidem da qualidade das informações que são distribuídas aos usuários. Sempre desconfie de mensagens com conteúdo que prometem algo muito vantajoso e, às vezes, fora da realidade.